quinta-feira, 22 de maio de 2014
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Trajetórias e Territorialidades Negras - Parte II
Formada entre as cidades do Rio Grande e Pelotas, a
religião do Batuque, ou Nação, assim como o Candomblé baiano ou o Tambor de
Mina maranhense, é uma religião de culto de orixás, entidades de origem de
nações africanas, em diálogo com o catolicismo popular brasileiro e seu culto
aos santos, que são reelaborados. Percurso religioso que cria uma profusão de
formas simbólicas coerentes na lógica de seus rituais de possessão e visão de
mundo, na forma em que se estabelece o relacionamento entre homens e
orixás.
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Alguidares usados para as oferendas aos orixás e
entidades.
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Na Umbanda, uma religião brasileira de cruzamentos,
reelaboração e síntese de diversas religiosidades, em que homens se relacionam
cotidianamente com entidades e forças espirituais, a figa é um amuleto contra “mau-olhado”;
os Exus Tiririca e Pomba-Gira Cigana são senhores das encruzilhadas e das
agências transformadoras das vidas daqueles que os cultuam.
*trecho retirado do Catálogo do Acervo Arqueológico e Etnográfico Museu
Antropológico do Rio Grande do Sul
Catálogo do acervo
arqueológico&etnográfico/Coordenação de Walmir Pereira.-Porto Alegre:
Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (CORAG), 2012.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Trajetórias e Territorialidades Negras - Parte I
As experiências e trajetórias sociais dos negros do
Brasil expõem a complexidade e as tensões de uma sociedade marcada por
hierarquizações e desigualdades, ao mesmo tempo que se constituem em
reelaborações criativas de referências culturais, no cruzamento tenso de
diferentes tradições frente a experiências de rupturas e desenraizamentos, e a
marca da construção de novas territorialidades, pertencimentos e socialidades.
Desenraizamentos de diversas tradições de povos africanos – bantus, nagôs,
jejes, fulas, fanti, ijexás, cabinda, mandingas, entre outros – que se
reinventaram fragmentária e criativamente como visão de mundo em novas
religiosidades que se cruzaram com tradições católicas, espírita e com
xamanismos indígenas, nas diversas religiões afrobrasileiras, marcando a rica
diversidade cultural de vivências, estéticas e interpretações da realidade.
Rupturas e violências desestabilizadoras da época da escravidão, vivas na memória
social, e que são restituídas em movimentos estéticos negros, ou nas
territorializações cotidianas de comunidades quilombolas, nas performances
musicais de sambistas, rappers e diferentes formas de lidar com racismos e
desigualdades presentes.
As comunidades remanescentes de quilombos, o Rio Grande
do Sul, organizadas por redes de parentesco, habitam territórios e paisagens
comuns em que se enraízam na lida cotidiana do trabalho e da moradia, nas
festas religiosas e da família.
Essas comunidades narram pertencimentos de longa duração,
atualizando memórias coletivas de ancestralidade escrava e resistência
cultural.
Na imagem, quilombolas da comunidade de Cerro-Espumoso,
“na lida” entre o roçado e a casa.
Nas fotografias e reproduções doadas por familiares,
imagens que se desdobram em narrativas de lembranças por elas evocadas, pode-se
trilhar percursos sociais que os negros experienciaram em suas complexas
inserções no tecido social brasileiro e gaúcho.
Na trajetória de formação das casas de Nação e das Famílias de Santo da
religião do Batuque no Rio Grande Do Sul, observa-se, no retrato, o gesto –
linguagem corporal – de Mãe Apolinária (ao centro), que exibe prestígio e
respeito da importância de seu estabelecimento na década de 1950.
Na imagem, Mãe Deolinda de Xangô Iomé, segurando carneiro
e com filhos de sua Casa de Religião em Porto Alegre, início do século XX, em
contexto de pós-abolição, quando rituais de matriz de tradição africana eram
proibidos e veementemente perseguidos pelo Estado. Importante na formação das
Famílias de Santo e do cenário religioso da época. Mãe Deolinda deu origem a
diversas casa de culto de tradição Ijexá.
*trecho retirado do Catálogo do Acervo Arqueológico e Etnográfico Museu Antropológico do Rio Grande do Sul
Catálogo do acervo arqueológico&etnográfico/Coordenação de Walmir Pereira.-Porto Alegre: Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (CORAG), 2012.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
9ª Bienal do Mercosul
Segue até o dia 10 de novembro as exposições da 9ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre. Os principais pontos contemplados incluem a Usina do Gasômetro, o Santander Cultural, o MARGS - Museu de Arte do Rio Grande do Sul e a Fundação Iberê Camargo.
As interações do público com a 9ª Bienal incluem trabalhos comissionados que envolvem colaborações entre artistas e empresas da região do Mercosul; expoisções de arte contemporânea de artistas emergentes e influentes; uma série de publicações; um programa de mediação dinâmico; e um programa estratégico de divulgação que reflita as mudanças históricas na tecnologia da comunicação ao longo dos séculos.
As interações do público com a 9ª Bienal incluem trabalhos comissionados que envolvem colaborações entre artistas e empresas da região do Mercosul; expoisções de arte contemporânea de artistas emergentes e influentes; uma série de publicações; um programa de mediação dinâmico; e um programa estratégico de divulgação que reflita as mudanças históricas na tecnologia da comunicação ao longo dos séculos.
Confira algumas fotos da exposição e vá conferir!
Não esqueça da 59ª Feira do Livro, que começa no dia 1 de novembro na Praça da Alfândega, POA.
Mais informações no site: http://www.feiradolivro-poa.com.br/
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Café Antropológico
Prez@dos,
No dia 26 de setembro, quinta-feira, haverá um encontro com palestrantes indígenas para conversa
e empréstimo de Kits Pegagógicos Povos Indígenas.
A atividade será no Santander Cultural e terá início às 14h.
Contamos com sua participação!
Maiores Informações no folder em anexo.
Atenciosasmente,
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Formação de Professores em Guaíba
Kaingang João Padilha |
A técnica Estela Galmarino e o diretor Walmir Pereira participaram nesta quarta-feira, 11, da ação promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Guaíba.
O evento que ocorreu durante todo do dia no auditório da prefeitura de Guaíba tinha como principal objetivo contextualizar a Lei 11.645/08.
Voltado principalmente para professores da rede municipal, o evento contou com as palestras "Questão Indígena", ministrada pela técnica do MARS e Historiadora Estela Galmarino, "Como Trabalhar as Diferenças", ministrada pelo diretor do MARS e Antropólogo Walmir Pereira e "Atualidade Indígena', ministrada pelo casal Kaingang João Padilha e Iracema Nascimento.
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